sexta-feira, 24 de junho de 2011

PALAVRA ( REVELAÇÃO )












Quando se reside em uma cidade antiga como São Paulo, podem surgir surpresas em cada esquina...pensamentos voam!
São as visões de poeta que observam do inconsciente o que outros talvez não percebam, julgam ver o presente, mas não sentem intensamente as nuances do passado.
     Assim, andava pela Rua da Consolação uma tarde, de ônibus, percebi como a rua contava suas histórias que entraram pela minha fantasia. Vi então, com outros olhos os velhos casarões, sobrados com lanternas coloridas nas esquinas de outros tempos, e bandeiras esquecidas desbotadas penduradas nas fachadas, já sem cor ...
Com as visões desta rua antiga, secular, criei o poema “Palavra (Revelação) como se tudo voltasse no tempo, fosse real e em sua última estrofe o meu poema sugere uma palavra desejada para ser escrita no chão, riscada em giz , no idioma do meu País. O vocábulo escolhido por mim,  é “Esperança”...  
Posteriormente, inspirada em meu poema e nas emoções sentidas naqueles momentos de criação fiz a parte plástica dos pensamentos quanto ao passado daquela rua. A minha tela bastante colorida (med. 80x60cm) tenta mostrar no alto vitrais coloridos de antigas igrejas ,a figura de mulher, imersa em seu pensar, o túnel do tempo e muitas cores espalhadas pelo chão, para que cada um possa imaginar e entrar em seu próprio sentimento!.  
Felizes dias e até breve.


P A L A V R A ( REVELAÇÃO )

Mary Balth 22.02.2002

Entro no túnel do tempo agora,
Revejo as ruas desta cidade ...
Penso nas flores esbranquiçadas do meu jardim!
Entro nos sonhos, enquanto durmo, derrubo muros do meu quintal,
Pressinto luas como mortalhas, entrando tontas pelas vidraças
Das naves frias da catedral...

Percebo trilhos, trilhos vazios, descaminhados, não vão a nada...
Vejo bandeiras, de faixas brancas, presas aos mastros,
sem inscrição.
E verdes frios, amarelados, que não são verdes,
que não são nada...
Nas grandes placas desta cidade quadriculada, não vejo nada.
E nas janelas das velhas casas desabitadas,
Vejo lanternas já desbotadas, sem emoção.

Vejo figuras pelas estradas perambulando
De vestes soltas, quase sem cor.

Procuro cores, percebo odores, invoco o Verbo da Criação
e na calçada, riscada em giz,
vejo a palavra tão almejada,
caligrafada no Idioma do meu País.


terça-feira, 14 de junho de 2011

POEMA À NATUREZA ( DA RESPONSABILIDADE COM O PLANETA)...

Esta tela(foto ao lado)foi pintada por mim quando estava  na Faculdade( 2005)para um trabalho sobre Meio Ambiente no qual tratamos do Projeto Tamar e do Aquífero Guarani uma riqueza nossa que muitos desconhecem . A minha tela representa o meu grito de revolta, contra aqueles que depredam a NATUREZA. Aqueles que não tem mais um coração, em seu lugar possuem pedras. O dinheiro, o vil metal é para estes seres a sua única e principal motivação para viver. Talvez dessa forma agindo, estes e tantos outros nem mesmo entendam que destruindo não possuirão o planeta para habitar e nem o deixarão para as próximas gerações. 
O meu trabalho é óleo sobre tela  (med.70 x 50 cm) uma pintura de puro sentimento...as cores as escolho de acordo com a emoção. Represento uma árvore em forma humana com coração sangrando e pedindo socorro, uma floresta incendiada, um rio triste,um caminho solitário, um peixe que chora e pedras no caminho!!! O poema em forma de oração que fiz para representar esse drama , essa tragédia dos nossos dias, já o postei neste blog, vou postá-lo agora novamente, considerando o que vemos todos os dias em forma de depredação das nossas florestas e da falta de respeito pelos animais que são dizimados a cada momento .   Segue abaixo o meu poema. Bons pensamentos, bons sentimentos,boas idéias e melhores dias. Até breve.  



POEMA À NATUREZA (da responsabilidade com o planeta)

                            Mary Balth  SP. 11.03.2005
É bom lembrar-nos sempre que nascemos,
Com o dom para cuidar
das almas das crianças para que permaneçam puras,
dos brotos das palmeiras,
dos grandes cafezais,
das frutas dos pomares,
das flores das varandas, dos quintais,
das grandes plantações e dos roçados...
dos rios, dos regatos,
das montanhas, do vale todo em flor e
das Lagoas...

E toda a Natureza agradecida, brindar-nos vem
à noite com o luar ...
E como ser pensante, diferentes dos outros animais,
Deixaremos de herança toda a terra,
Para os netos, dos netos, dos nossos netos ...
Assim seja.