sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

NUANCES - um poema, uma homenagem ...

        
O poema “Nuances”  é uma homenagem aos Grandes Mestres que por aqui passaram, deixando a irradiação de sua Luz. Acredito que algum dia, retornarão  quem sabe, em algum continente, com uma nova mensagem que por muitos decerto será entendida e divulgada. É portanto nessa esperança que muitos estarão em ansiosa espera.  
Acreditamos e aguardamos que este Século XXI nos possa trazer mudanças de pensamentos, de hábitos, mais amor e entendimento entre os povos.
Abaixo transcrevo o meu poema “Nuances” desejando a todos melhores dias, felizes festas e Boa Leitura.




                         N U A N C E S
                                           Mary Bath  /   1991

                 
                 A verdade é velada e o livro ocluso,
                 Brevemente fechado ele será
                 Não importa o lugar, o dia e a hora ...

                 O caminho, a mensagem, o condutor ...
                 Muitas vezes ao mundo ele virá...
                 Por estrelas luzentes dirigido .
                 Cada dia é um dia, e ao vir dos anos,
                 Muita coisa decerto mudará ! ...


domingo, 5 de dezembro de 2010

MAIS UM POEMA, PARA LER E SENTIR.-POEMA RISTA -HISTÓRIA DO COTIDIANO



Todos os dias, ao voltar do serviço para casa à tardinha, à hora do sol posto, via parado, encostado no corredor da Estação Ana Rosa do Metro, aquele homem. 
Tinha o olhar distante, a face sem expressão, e o pouco que possuía, ali estava, numa mala no chão ao seu lado. Muitos estão na mesma situação, mas não sei mesmo explicar, este ser humano me deixava pensativa, preocupada... Não há explicações para certos pensamentos, ou fatos que nos incomodam, que nos deixam perplexos, quando tantos outros passam despercebidos. A casa, o lar, é sempre sagrado e os que não mais o têm, que o perderam por algum motivo, conseguem me causar grande dor. Quando até mesmo os pássaros, os peixes, todos os animais de alguma forma voltam aos seus ninhos à procura de abrigo, conforto e segurança... um homem, um ser humano, assim como este que via todas as tardes, não tinha mais para onde retornar,dormir, descansar e se abrigar !!!  ... para contar a história desse ser, fui elaborando uma vida para ele, que talvez houvesse possuído, um dia...." uma casa, flores na varanda, crianças brincando no quintal"... agora apenas recordações e o fingir que espera um trem, um trem, que nunca vem!!!   Assim, naquela noite do dia 11/03/97, ao chegar em casa, o meu filho, falou-me: ..."Vamos escrever? Pôs então para tocar um Noturno de Chopin, e  naquele ambiente de paz nasceu este poema. Aquela história  profundamente triste, veio para mim, completa, inteira, e se revelou nos versos que abaixo transcrevo. Confesso que muito chorei ,e algumas vezes ainda choro, e dessa forma dei-lhe o nome de "POEMA TRISTE" História do Cotidiano.      


                                     POEMA TRISTE  - História do Cotidiano
             


                                                                   Mary Balth 11/03/1997

                 O homem na estação,
                 Em vão espera o trem,
                 Um trem que nunca vem...

                 O homem na estação,
                 Mergulha em pensamento,
                 Emerge noutro tempo,
                 Um tempo que não tem,
                 tristeza e solidão ...

                 Ao lado, a mala pobre
                 É tudo que restou...
                 E deixa-se absorto
                 Entrar no labirinto
                 Do tempo que passou...

                 “Revê a casa amiga,
                 As rosas na varanda,
                 As roupas no varal...
                 E os gritos das crianças,
                 Correndo no quintal !!!...”
                                 
                         Por isso todo dia,
                         Na hora do sol posto,
                         Agora que não tem,
                         pra onde retornar,
                         Eu vejo com desgosto,
                         O homem na estação,
                         Que em vão espera o trem
                         Um trem que nunca vem !!! ...

sábado, 4 de dezembro de 2010

...POESIA É LUZ, É SOM, É MELODIA "

Quando eu declaro, e até mesmo abro o meu Blog, afirmando : “ ...poesia é luz, é som, é melodia”, e como música tem que ter sonoridade, realmente é o que acredito com toda a ênfase dos meus sentimentos. Creiam, eu já vivi a realidade desse poder. Estávamos em uma reunião de aniversário de uma senhora que completava oitenta anos, era japonesa e não falava português. O jantar foi servido numa linda mesa com saborosos pratos típicos,  e todos os convidados serviam-se, tudo muito calmo e silencioso. De repente, eu me levantei e disse :” Vou declamar uma poesia em homenagem à aniversariante”, todos os olhares voltaram-se para mim. Declamei então, o meu poema “Cantiga do Amor Universal” com uma voz muito alta e clara que enchia todos os espaços daquela sala, com entonação de poesia, e toda aquela gente se transformou.  Pude observar em seguida, todos conversando, trocando histórias, movimentou-se o ambiente, nada mais era como antes, houve ali, naquele momento, uma plena transformação ! ; aquela senhora me agradeceu também por intermédio da poesia. Pediu para a nora declamar um poema de autor japonês, em agradecimento, traduzido para o nosso idioma. Por essa razão, nesse dia, pude comprovar claramente o poder das palavras ditas com emoção, o poder da poesia, filha do entusiasmo e irmã do amor.  Necessário ser comprovado como se pode e se deve tê-la como aliada para encantar as crianças e os jovens.
Abaixo transcrevo o meu poema.   Desejo a todos grandes realizações, muito entusiasmo e muito amor nestes derradeiros dias do ano. Bons sonhos e Boa Leitura.


O QUE É POESIA ?

                                    Mary Balth SP.  30/06/2010

Poesia é luz, é som, é melodia,
Quando cantada é a canção de Deus,
Grande Arquiteto desse mundo todo,
Quando falada, comanda a massa,
Movimenta o povo.

É o poder da poesia, que alça alturas infindas,
Pelo soar das palavras,
Nas mensagens que transmite
Que inundam os ambientes de energias renovadas.

Nos luares, serenatas,
Nos bares, praças, teatros,
Quando o poeta declama,
Canta em versos os seus brados
De ais, de choros, de prantos,
De sonhos, de amor e tramas,
De dores e de alegrias,
De fé, coragem e desejos,
De mudanças radicais,
Enfrentando desafios
Às vezes, descomunais.

Vai a alma do poeta
Carregada de poesia
Nas lutas seja aonde for,
Não haveria poesia, a verdadeira poesia,
Se não existisse o amor.