sexta-feira, 30 de março de 2012

SAUDADE ( A FORÇA DE UMA PALAVRA)



Como o nosso Idioma é lindo, bela herança que ganhamos do povo Português nossos descobridores. Mesmo com suas modificações da dinâmica do tempo, dos usos e costumes deste povo espalhado por tão imenso território.  Rica permanece a nossa Língua .
Assim pensando, imaginei um poema com essa palavra SAUDADE , única e de uma sonoridade que exprime  o sentimento mais profundo  do ser.
Leiam o meu poema e lembrem-se de alguém de quem gostariam de estar por perto nesta hora. Bom final de semana para todos.    

Foto ao lado: de minha autoria, Paisagem antiga,óleo sobre tela med. 40 x 30cm.

SAUDADE ( A FORÇA DE UMA PALAVRA)...
                                
                                        Mary Balth  26/03/2012

Alguém chorando poderia ser,
A voz perfeita de um violoncelo,
Instrumento completo, quase humano,
Que imita o som de alguém quase chorando! ...

As horas vão correndo,
Os dias passam,
Como passa nas flores o perfume,
Mas, o perfume pelo ar fenece.
E quando o sol retorna noutro dia,

Apenas a saudade permanece.

domingo, 25 de março de 2012

PALAVRA REVELAÇÃO


 Nasceu a ideia para este poema quando andava de ônibus pela famosa Rua da Consolação, na nossa querida Cidade de São Paulo, Capital. É uma rua antiga, com casarios e lanternas nas sacadas tudo assim tão antigo . Então me inspirei nas reminiscências daquela rua, tão antiga que me contava histórias, como se entrasse no túnel do tempo e criei este poema -"Palavra Revelação". A tela surgiu muito depois apenas em 2006. É por este motivo que denominei o meu blog de "SONORIDADES- HISTÓRIAS DE POEMAS E PINTURAS".  Boa semana para todos, com muita paz e tranquilidade em seus lares.  Até breve, sempre com mais poemas e suas histórias.

                        P A L A V R A  ( REVELAÇÃO )

                                              Mary Balth  22.02.2002

       
        Entro no túnel do tempo agora,
        Revejo as ruas desta cidade ...
        Penso nas flores esbranquiçadas do meu jardim!

        Entro nos sonhos, enquanto durmo, derrubo muros do meu quintal,
        Pressinto luas como mortalhas, entrando tontas pelas vidraças
                 Das naves frias da catedral...
        Percebo trilhos, trilhos vazios, descaminhados, não vão a nada...

        Vejo bandeiras, de faixas brancas, presas aos mastros,
                 sem inscrição.
        E verdes frios, amarelados, que não são verdes,
                 que não são nada...

        Nas grandes placas desta cidade quadriculada, não vejo nada.
        E nas janelas das velhas casas desabitadas,
        Vejo lanternas já desbotadas, sem emoção.

                 Vejo figuras pelas estradas perambulando
                 De vestes soltas, quase sem cor.

        Procuro cores, percebo odores, invoco o Verbo da Criação !!!
       
        e na calçada, riscada em giz,
        vejo a palavra tão almejada,
        caligrafada no Idioma do meu País.


sábado, 17 de março de 2012

PRESTANDO CONTAS A UM PODER MAIOR ( TODOS SOMOS IGUAIS...)


Hoje eu quero falar das injustiças, do mau uso do dinheiro público. Das tramas, das trapaças, da corrupção,  declaradas, publicadas nos jornais todos os dias. A imprensa faz o seu papel. Nós os artistas levamos nossa mensagem através das palavras, das imagens , dos gestos, esse é o nosso trabalho. Mantemos nossa mente em alerta o tempo todo, sempre atentos, bradamos quando é necessário. Até quando teremos de esperar por uma geração de políticos com maior dignidade!!!.  Um aviso:  na hora do chamamento, todos são iguais.
Bem, esqueçamos por uns minutos nossas tristezas e tentemos caminhar na direção da “Luz Maior”.
A tela ao lado e de minha autoria representa “ A terra e o Infinito”- óleo sobre tela med.50 x 40cm.     

PRESTANDO CONTAS A UM PODER MAIOR ( TODOS SÃO IGUAIS ...)
Mary Balth SPaulo 17/03/2012

Minha arte invisível ,  ninguém nota
Minha arte decerto, ninguém vê.
É poder acreditar, mesmo sem ver,
Assim não vendo nada, não sofrer.

Mas é a ignorância alguma benção,
Num país aonde tanto se destrói,
Num mau uso de tudo, sem ter dó?

E tu que não duvidas das promessas
Nas Divinas promessas na esperança,
Ao ver teu povo triste pelas ruas,
Cabeças baixas, olhos para o chão.
Diante de tamanha covardia,
Na ânsia, na ganância, no poder.

Os dias são contados passo a passo,
Irão prestar as contas noutro nível,
Não vai haver nenhuma concessão,
Pois todos , todos eles morrerão.

sexta-feira, 9 de março de 2012

LEMBRANÇAS ( RECORDAÇÕES ... )


As lembranças, recordações da nossa infância surgem assim de repente. Nunca se apagam totalmente. Aparecem e desaparecem, assim como um encantamento.  Este poema surgiu dessas lembranças. Entrego os meus versos bem novinhos, recém-criados, para que todos possam cultivar suas recordações porque afinal recordar é viver!. Bom final de semana com novidades felizes e encontros alegres.  
A foto ao lado é de trabalho de minha autoria - óleo sobre tela de 1991, São Paulo "Represa de Guarapiranga" (med. 50x30cm) muitos devem ter belas recordações desta época


L E M B R A N Ç A S    ( RECORDAÇÕES ...)
                                   
                    Mary Balth  S.Paulo  09/03/2012


Quando em criança, costumava sempre,
Subir ao monte para ver o mar,
Olhar os barcos suas brancas velas,
Brilhando soltas pelo azul, no ar...
E o mar profundo que julgava doce,
Não era doce, não é doce o mar !

Hoje a criança, não é mais criança,
E  aquelas águas, já não vê agora,
Somente as luzes da cidade grande,
Só há lembranças do viver de outrora.