domingo, 25 de março de 2012

PALAVRA REVELAÇÃO


 Nasceu a ideia para este poema quando andava de ônibus pela famosa Rua da Consolação, na nossa querida Cidade de São Paulo, Capital. É uma rua antiga, com casarios e lanternas nas sacadas tudo assim tão antigo . Então me inspirei nas reminiscências daquela rua, tão antiga que me contava histórias, como se entrasse no túnel do tempo e criei este poema -"Palavra Revelação". A tela surgiu muito depois apenas em 2006. É por este motivo que denominei o meu blog de "SONORIDADES- HISTÓRIAS DE POEMAS E PINTURAS".  Boa semana para todos, com muita paz e tranquilidade em seus lares.  Até breve, sempre com mais poemas e suas histórias.

                        P A L A V R A  ( REVELAÇÃO )

                                              Mary Balth  22.02.2002

       
        Entro no túnel do tempo agora,
        Revejo as ruas desta cidade ...
        Penso nas flores esbranquiçadas do meu jardim!

        Entro nos sonhos, enquanto durmo, derrubo muros do meu quintal,
        Pressinto luas como mortalhas, entrando tontas pelas vidraças
                 Das naves frias da catedral...
        Percebo trilhos, trilhos vazios, descaminhados, não vão a nada...

        Vejo bandeiras, de faixas brancas, presas aos mastros,
                 sem inscrição.
        E verdes frios, amarelados, que não são verdes,
                 que não são nada...

        Nas grandes placas desta cidade quadriculada, não vejo nada.
        E nas janelas das velhas casas desabitadas,
        Vejo lanternas já desbotadas, sem emoção.

                 Vejo figuras pelas estradas perambulando
                 De vestes soltas, quase sem cor.

        Procuro cores, percebo odores, invoco o Verbo da Criação !!!
       
        e na calçada, riscada em giz,
        vejo a palavra tão almejada,
        caligrafada no Idioma do meu País.


Um comentário:

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