Alguns poemas que compomos, são
tão profundamente fortes, nos marcam de tal maneira, que durante um tempo
razoável não conseguimos nos livrar de sentimentos que nos envolveram no
momento da criação. Assim, ocorreu quando criei o “Poema Triste- História do cotidiano”.
A vida daquele homem desconhecido passou a fazer parte das minhas aflições.
Desta forma, por mais ou menos um ano não compus nada, absolutamente nada. Não
significava falta de desejo, mas, quem sabe, eram os resquícios daquela
tristeza que ficou comigo. Todos os dias, por meses, continuava a vê-lo,
observá-lo, ali parado na estação. Ele sim, nem supunha, que havia me inspirado
a escrever a história da sua vida em forma de poesia. Assim, como que para
formatar uma espécie de libertação em meu interior, para que tivesse condições
de continuar novamente a escrever e viver livremente, elaborei os versos que
lhes apresento por inteiro. “Tempo de Esperança” marca um momento de libertação
pelo esquecimento por intermédio da própria poesia... A vida continua...haverá
sempre um amanhecer, um entardecer e um anoitecer, sequencia natural dos dias.
Assim se tiverem esquecido na gaveta do tempo, algum plano bonito de vida,
alguns sonhos sem realizar, não temam, deem a volta por cima, continuem, sempre
há tempo para ser feliz. Felicidades e Boa Leitura.
A foto ao lado é de um dos meus
trabalhos " A terra e o Infinito", óleo sobre tela.
TEMPO DE ESPERANÇA
São Paulo 15.04.1998
Que as dobras dos lençóis de um longo tempo ...
Sentimentos, amores, emoções,
Vão seguindo comigo na viagem,
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