A
história destes versos concretiza a ideia de que existe a transmissão de pensamentos . Longe, bem longe, mora a minha
filha, no primeiro dia do mês de dezembro de 2004, estava eu a pensar na vida e
na distância entre nós, quando idealizei este poema. Lá, num país distante,
também ela meditava com saudade lendo a Canção do Exílio do nosso querido poeta
Gonçalves Dias: “ Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, as aves que
aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá...” As palavras , assim como os
pensamentos transmitem nossos sonhos e emoções.
A foto ao lado, representa uma paisagem antiga desta
cidade de São Paulo, "Represa de Guarapiranga” pintada por mim em
1991, óleo sobre tela.
POEMA FORA DO TEMPO ...
Mary Balth SP. 01.12.2004
Ela veio sutil e delicada,
Instalou-se na sala de jantar,
pendurou-se nos quadros,
nas paredes, ficou lá a me olhar,
pura metáfora !!!
Companhia me faz, e posso vê-la
Refletida no espelho da varanda,
Muitas vezes, se senta em minha cama,
Ou num canto do quarto a meditar.
Outro dia, outra hora, em horas mortas,
perguntei-lhe seu nome,
Ela me disse, segredou-me na luz da sua mente,
Desenhou com uma tinta de ouro puro:-
“ ...o meu nome é saudade” e o sobrenome?
Qualquer um, não importa o sobrenome ...”
Algum dia, decerto vamos juntas,
Passear de mãos dadas pela praça...
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