Como expectadora, passando pela linda Avenida
Paulista, bela e poderosa, consigo ver, deitado em frente, bem na porta central
do Banco do Brasil, um pobre dormindo, vestido em seus trapos e sem nada mais
que pudesse possuir e chamar de seu... Ali, justamente o retrato da pobreza e a
imagem da riqueza. Os que passavam, nem um olhar. Nem desprezo, nem
raiva, a ignorância total. Estão acostumados, é a rotina da cidade grande.
Entretanto, meu olhar imprimiu em meu coração a imagem daquele homem. Então como
libertação, compus o poema “Cidade Grande” uma espécie de expiação, para gravar
o meu sentimento. Espero ainda mais em épocas festivas, felizes, alegres,
que minhas retinas não tenham o desgosto de registrar situações semelhantes e
que deveras agridem o nosso coração. Abaixo transcrevo o meu poema que consegui
captar daquela cena e transformar em versos. Bons negócios, felizes dias e Boa
Leitura.
A foto ao lado denominei "SÃO
PAULO, ARREBOL E FLORES" ( óleo sobre tela) paisagem que compus vista da
minha varanda no 17º andar. Vê-se tremulando a Bandeira de São Paulo no alto do
Edifício Banespa no centro da cidade.
CIDADE
GRANDE ( ROTINA E REALIDADE CRUEL...)
Mary Balth SP. 31.05.2001
É um corpo que cai,
Transeuntes que passam,
Largos passos têm pressa
Nas fachadas, tão perto,
Por detrás de altos muros.
Já não vê, nem pressente,
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