Como nasceu um poema ! ...
Medo das multidões, medo da guerra e de depois da guerra ... " e assim seguia o poema muito triste e muitíssimo bem feito, jamais esqueci estes versos tão profundos, realistas . Imediatamente fui ao meu local de trabalho, e em minha máquina de escrever, fiz então a resposta ao poema que tanto me marcou, que transcrevo abaixo.
Apenas, (tomei conhecimento muito tempo depois) não sabia que estava respondendo ao poeta Carlos Drummond de Andrade, autor dos versos que tanto me impressionaram e haviam sido gerados ao final da guerra mundial de 1945 ... coisas da vida que movem o mundo da literatura, o mundo das emoções, da escrita, o mundo dos poetas.
CANTANDO O DOCE AMOR
Mary Balth 14-12-1993
Eu prefiro ir cantando o doce amor
Muito longe dos muros subterrâneos
Pendurado no cume dos telhados,
Balançando ao vento dos sobrados,
Enfeitado das cores do arco-iris,
Sete cores de múltiplos matizes...
Eu não quero cantar o ódio amargo,
ressequido, disforme, sem sabor,
Quero riso, alegria, aromas, flores,
Eu prefiro ir cantando o “doce amor” !!!...
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