Novos caminhos, novas estações. O tempo não para.
Assim vamos continuar a subir a montanha e lá do alto enviar um adeus à nossa
dor. É outono chuvoso e um trânsito
infernal na grande cidade. Hoje, é o que eu penso, este planeta em que vivemos
em nada se compara ao paraíso; aqui é um local de expiação, aprendizado. É tudo
muito rápido. Como magistralmente escreveu
o poeta Fagundes Varella, numa das mais
belas estrofes do seu poema :
O
Naufrágio
"A
felicidade é um sonho nebuloso,
A vida nesse
mundo é sempre assim.
Do gozo em
meio a “Veladora Eterna”
Nos arranca
da mesa do festim".
Como ao rijo soprar das ventanias,
Os mortos boiam sobre as águas frias"
Os mortos boiam sobre as águas frias"
Verdadeiro e comovente. Portanto, sabedores das
verdades eternas, aproveitemos os pequenos grãos de felicidade que podem estar
atirados à beira do nosso caminho.
A todos que visitam o meu Blog, e sentem algum
prazer nessa leitura, afirmo que ao expor minhas ideias, o faço com o maior prazer
e emoção.
Feliz fim de semana e aproveitem os seus dias da
melhor forma possível.
A foto ao lado é de um dos meus trabalhos " Um Caminho para algum lugar..." óleo sobre tela ( med. 50x40cm)
PENSANDO ( mensagem por um dia melhor...)
Mary
Balth 1991
Como uma onda a vida vai passando,
E como esta ao fundo às vezes vai.
Como uma onda aos poucos vai subindo
E muitas vezes, fatalmente cai.
Como poeta, poetando vou,
Passando o tempo, versejando trovas,
Nas madrugadas procurando luas,
Pelas esquinas procurando provas.
São os meus versos feitos pra voar,
Quero que voem livres pelo ar.
Junto com as aves na amplidão dos céus,
Rasgando nuvens, desvendando véus.
Escravos seres de humanas formas,
Porque chorais, meu Deus, porque chorais?
Em mais um dia pra viver, pensai.
Transforme o pranto em turbilhões de luzes,
De flores, festas, de alegrias mil ...
Decerto a aurora vai surgir risonha,
Toda vestida de um azul de anil.
Parabéns, fiquei muito feliz por ter visto no Blog uma poesia que minha mãe sempre recitava: "o Naufrágio". Recordo-me de outras poesias que ela recitava mas não consigo identificar os autores. Talvez as conheça: Sabes o autor do "O Sonho da Criancinha" ? É uma poesia dramática, vou reproduzir um trecho: "mamãe, mamãe que sede que tenho ...... provei doces maravilhosos, donde veio? ... Filho foste a uma festa de São Miguel Arcanjo. No céu voavam todos, que eram anjos.
ResponderExcluirFilho, teu sonho é sonho de morte.
Abraça tua irmã. Filho não vás sozinho hoje, que eu vou contigo amanhã.
.............. jazia a criança morta, qual vela
apagada sob o sopro da viração.
Perdoe-me, mas a poesia tem um final triste mesmo. É um recitativo da época em que as poesias eram interpretadas com impostação de voz e encenadas com gestos. Mamãe o fazia magistralmente. Sabes o autor ?
Um forte abraço, Ivaldo Kaviski.