A partir do final do ano de 2009, vieram os temporais... Já no Rio de Janeiro em Angra dos Reis, aquela tragédia. Em São Paulo choveu durante quarenta e sete dias consecutivos, não dava uma trégua, a cidade ficou tomada pelas águas, alagamentos, desabrigados e muito sofrimento. Em 25 de janeiro, dia do seu aniversário, durante as comemorações houve um enorme temporal. Por todo o mês de janeiro, foi só tristeza ! Chuva e lama por toda parte... Então, o poema que aguardava compor com muito carinho para esta cidade que amo e que me acolheu, se formou em meu cérebro junto com a tragédia dos desesperados.
Após dias de chuva, pude observar com surpresa um lindo arco-iris encantador, aparecer em seu divino colorido belíssimo formando o seu arco bem em frente à minha janela !!! Entendi a mensagem como um sinal de aliança entre Deus e os homens na certeza de melhores dias, e assim nasceu este poema! Ainda fico comovida quando leio estes meus versos escritos para esta cidade que todos amamos. Nem mesmo sei o que escreverei este ano pelo seu aniversário já que não me parece ter havido grandes mudanças a serem comemoradas. Em todo o planeta, o clima parece enlouquecido como que a acompanhar o pensamento dos homens!!!...
Estamos em 2012, mais um verão se aproxima , o que terão realizado as nossas autoridades em benefício das cidades atingidas!...
Abaixo, segue o meu poema ESPERANÇA ( DEPOIS DO TEMPORAL), para ler e refletir, boa leitura.
Abaixo, segue o meu poema ESPERANÇA ( DEPOIS DO TEMPORAL), para ler e refletir, boa leitura.
A foto ao lado , é um trabalho de minha autoria - óleo sobre tela - "A TERRA E O INFINITO"
E S P E R A N Ç A ( DEPOIS DO TEMPORAL )
MARY BALTH – 05/02/2010
E vai a chuva caindo,
A cidade diluindo,
No meio do temporal ...
De repente, a casa cai...
Um susto enorme é sentido
O caos é estabelecido,
No meio do temporal...
Aparece a vizinhança,
Ajudando na mudança,
E nem se pode pensar,
No sofrimento escondido
Desse povo empobrecido
Nunca mais será igual,
Agora tudo perdido
No meio do temporal...
E o pouco que outrora havia
Nunca mais será igual,
Apodreceu, desmanchou-se
Em meio às pesadas nuvens,
No meio do temporal...
E o que dizer a você,
Pelo seu aniversário,
Minha cidade querida,
Minha São Paulo esquecida,
Abandonada e sofrida,
No meio do temporal...
É com surpresa que vejo,
Um “arco-íris” cortando, o céu escuro,afinal
É a esperança acenando,
No meio do temporal...
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