quarta-feira, 21 de maio de 2014

REVISITANDO POEMAS " RELÓGIO DO DIA" A ALMA IMERSA NUM PENSAR SILENCIOSO

Confeccionei com prazer a tela ao lado (80x 40cm)representando os quatro momentos de um dia, Alvorecer, Meio-dia, Anoitecer e Noite Total que inspirou-me o poema que abaixo transcrevo. Todos os dias não são iguais, jamais serão iguais... o sol nasce, vai ao crescente, começa a esconder a sua luz e morre lentamente até desaparecer... o relógio com seus ponteiros, incansável trabalha, silenciosamente de algum ponto nos observa, nunca dorme, testemunha cada segundo, cada minuto de nossa vida. Também registrados ficam em nosso corpo todos os movimentos. Assim é a vida!!!
Aproveitemos os momentos preciosos vividos  e tentemos esquecer aqueles assim menos felizes. Tudo infalivelmente passará abaixo do céu... Os dias para todos os seres humanos serão marcados indelevelmente com as tintas do tempo em algum lugar deste planeta. Publiquei este poema pela primeira vez neste blog em 24 de maio de 2011. Mesmo levando consigo uma mensagem um tanto tristonha, gosto destes versos, admiro a descrição que planejei para as quatro fases de um dia na vida de todos nós em todas as partes deste planeta.


CONTANDO AS HORAS ( A ALMA  IMERSA NUM PENSAR SILENCIOSO)
                                        Mary Balth 12-04-2011
                                                 São Paulo.

Ponteiros negros sobre um fundo branco,
Este relógio que não para nunca,
Ah! Este relógio que não quer parar!
- Mostra-me as horas, os minutos lentos,
Vejo silente a flor desabrochar...

Quatro paisagens desenhadas foram,
Lá fixadas numa tela fria,
Ali percebo o alvorecer sorrindo,
E bem no alto é pleno meio-dia.
E mais além chegando o anoitecer,
Em mais um quadro eterna noite escura.

A quarta parte está completa agora,
Tudo retorna na manhã seguinte,
Tudo retorna, mas, um dia acaba,
Finalizando assim todas as coisas,
Todas as coisas já iniciadas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço sua sinceridade e visitas ao Blog...