MEU TRABALHO : " O CAMINHO- A ESCOLHA" - óleo sobre tela.
Quantas vezes nos deparamos com situações que não mais nos interessam ?. Assim, havia firmado um contrato, desses que fazemos sem racionar e depois vem o arrependimento. Para aguardar a hora de ser atendida naquele escritório, dirigi-me ao Centro Cultural São Paulo, um lugar muito aprazível, de apresentações diversas, de ate e cultura. Ali, vi uma exposição de fotografias que me fez pensar. Eram paisagens vazias, sem nenhum ser humano. Aparecia de repente,um galo a cantar numa porteira de alguma fazenda, uma solitária e deserta estação de trem, um vazio interno tão grande daquele artista fotógrafo que me inspirou este poema "Caminhada" . Foi nessa época que havia retornado ao meu mundo das artes, a pintar, minha vida voltava a ter o sentido do recomeço, um mergulho no escuro, havia pois algo estonteante dentro de mim. Lá está tudo descrito, o que mais gosto da vida " é Dali com seu gênio criando um relógio quebrado na mesa..." da complexidade do ser humano, o arco-iris, os animais, os velhos sobrados da minha infância ...O meu poema "Caminhada" nasceu numa mesa de bar no Centro Cultural São Paulo. Ah! Eu mesma me defendi e ganhei a causa do tal contrato. Realmente foi um grande dia para mim.
Até breve, mergulhem em seus próprios pensamentos e bons sonhos.
CAMINHADA
Hoje eu quero sentir, caminhar,
Nas veredas vazias da vida,
No retorno ao início das eras,
Objetos que são refletidos,
Na paisagem deserta do ser!!!
Que complexo é ser, Ser Humano!
Refletir na odisséia do tempo,
Como longo ele vem e se vai ...
É um gato manhoso que dorme,
Um cachorro latindo na estrada,
Que vê sombras que o humano não vê!
É um quadro total surrealista,
É Dali com o seu gênio criando,
um relógio quebrado na mesa!
Um sapato encharcado na porta,
Referência do seu caminhar ...
Arco-iris cortando no espaço
recamado de luzes azuis.
É o retorno da arte, pra a arte,
O regresso do filho que parte...
É o caos de perguntas sem volta,
esqueletos voando no ar...
É a pintura de velhos sobrados,
casarios que o tempo levou...
É a terra que chora e suplica
Nos vazios, espaços, no nada .
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