sábado, 5 de novembro de 2011

MOSAICO ( POEMA EM PRETO E BRANCO)



Todos os seres nascem com seu jeito especial de ser e de viver. Com seus dons algumas vezes para eles desconhecidos. Alguns nem mesmo aproveitam aquilo que naturalmente possuem. Todos haveremos de ter alguma coisa para doar. A arte sim, esta naturalmente captamos e muitas vezes nos salva de crises de alma, daqueles temores de grandes vazios.  A poesia, a verdadeira poesia, aquela que vem diretamente do coração, juntamente com as outras artes, estará permanentemente ao nosso lado, grande companheira até o fim. É salvadora enquanto revela e envia suas mensagens.
Alguns vão vivendo, nem se preocupam com o lado simbólico das coisas. Para outros, estes mistérios fascinam. Pessoas como eu, permaneceremos assim, analisando e observando o lado oposto e secreto das coisas, a simbologia do que está diante de nós como num eterno abismo. Pensando assim nessa perfeita sintonia, nos mais ocultos segredos do mundo, naqueles que edificaram seus templos de fé, sabendo bem o que ali estavam a construir, as dimensões, o material empregado, as colunas bem firmes, as direções devidas, o piso em preto e branco, organizei as ideias para o meu poema. Como não ficarmos atentos a tantos detalhes? O mundo não seria tão interessante sem segredos e revelações!...  Este poema MOSAICO foi por mim escrito e dedicado a todos os Templos construídos com seus pisos em preto e branco, em toda a face da terra.
A foto ao lado é pintura a óleo sobre tela. Representa uma paisagem com intenções de casas muita antigas e com as luzes fortes em tons de laranja, simples homenagem ao incomparável Vincent Van Gogh. (Med. 50x40 cm.)   Feliz fim de semana com pensamentos agradáveis e muita paz.   Até breve.

M O S A I C O
   Mary Balth SP 28.06.1996

Perfeita simetria
Em branco e preto,
Só mesmo vê e entende quem conhece,
Em níveis mais profundos, o “mistério”
Perfeito em perfeição, porque contém
A Manifestação.

Opostos dos opostos,
Noite e dia, e bem e mal,
Ocaso e alvorecer!
E negro, e noite, horror e escuridão,
E branco, e luz, e festa e harmonia.

Nos fios invisíveis deste piso,
Aquele que conhece pode ver,
Caminhos mui sutis que nos sugerem
Perfeito caminhar por entre as linhas,
Olhando com carinho e atenção
Podemos finalmente vislumbrar,
A Paz, a Grande Paz, e a união,
Indefinidamente entre os irmãos.

Um comentário:

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